Thursday, December 14, 2006

Tempo de festa

E de prosperidade.

Tempo de amor

E de felicidade.


Assim é o Natal que eu conhecia

Assim é como eu quero vivê-lo.

Mas sem ti nada será igual

E o Natal já não será Natal.

Tempo apenas de presentes e prendas,

O Espírito Natalício é deixado para trás.

Tempo de publicidade enganosa,

E o espírito é apenas comercial.

Assim é o Natal que eu agora conheço

Assim é como eu não quero vivê-lo.

Mas sem ti nada será igual

E o Natal já não será Natal.

------------------------------------------------------------------------------------------------

As férias do Natal estão à porta, o que antigamente significaria, que por esta altura já andava eu ansiosamente pelo dia 24, mas propriamente pela meia-noite. Contudo, agora vejo que aquilo que eu esperava ansiosamente não era exactamente a meia-noite, mas sim a maneira como eu passava até essa hora. Sinto falta dos filmes que há dez anos (mais coisa menos coisa) davam por esta altura, como por exemplo E.T, e aquele desenho animado de um pequeno rato que vivia no Oeste, que agora não me estou a lembrar do nome. Do estar reunido com a família, conversar, “discutir”, rir, sorrir, ficar cheio de sono mas não querer dormir por estar a adorar a noite, e depois sim, as prendas, ver se ganhei o que pedi ao Pai Natal, a minha mãe ao telefone a falar com ele a ver se estava perdido, porque já era meia-noite e a bicicleta que tinha pedido ainda não tinha chegado, o descobrir que ela estava à porta de casa.


Agora para onde quer que olhe só publicidade da Leopoldina, da boneca que berra, da boneca que anda, da boneca que faz algumas necessidades, do carrinho da boneca que berra, do carrinho de outras bonecas, do Action Man, do carro deste, do Spider-Man, do “não sei quantos” Man. Pergunto-me se alguém perguntar a um miúdo hoje em dia se sabe porque é Natal se ele saberá dar a resposta certa, talvez até diga que é Natal porque foi o dia em que nasceu o Action Man… Não sei. Hoje em dia já não sei de nada… "Sou aquele que sabe nada e que não sabe tudo"

Cada vez mais o Natal perdeu o seu significado e o tal Espírito natalício, para passar a ser um feriado comercial com o tal espírito comercial.

 
posted by Untitled at 9:59 PM | 4 comments
Friday, November 24, 2006

Bem... Acho que tenho demasiado tempo livre em que não faço nada de nada e depois ponho-me a pensar em coisas que não devo...
Postar isto aqui para a Sementinha pois deve ser a única pessoa que gostas dos meus pseudo-poemas, mas ao menos sempre existe uma pessoa que gosta =)

I’m not okay…

Desde que te vi

meu pensamento bloqueou

e o meu estômago revirou

Eu não estou bem…

Comecei para ti a olhar

Depois contigo a falar

Numa boa sem gaguejar

Eu não estou bem…

Nunca isto me tinha acontecido

Fiquei completamente embevecido

Não sei mais o que fazer

Para chamar a tua atenção

Eu não estou bem…

Tomei coragem e contigo fui falar

Para dizer o que sentia por ti,

“Preciso que saibas isto,

penso em ti a dormir e acordado.

Tudo o que quero é estar ao teu lado

Eu não estou bem…

Disseste-me serenamente que por mim isso não sentias

Mas era melhor teres gritado

“Sai do pé de mim…”.

Assim não te consigo odiar

E continuo de ti a gostar

Eu não estou bem…

Semanas depois vieste comigo falar

Bastou um momento e comecei a chorar

(Lágrimas que não viste no meu olhar)

Querias conhecer um amigo meu

O seu exterior apreciavas…

Mas do seu interior nada conhecias

Eu não estou bem…

Agora sinto-me usado

Pois para mim tinhas-te lixado

E nunca mais tinhas falado comigo

Eu não estou bem…

Agora, por causa de uma atracção

Magoaste-me até mais não,

E eu não sei o que fazer

Pois nunca te conseguirei perdoar

Eu não estou bem… Tu usaste-me…

Este foi o primeiro "poema" que fiz por isso se estiver pior que os outros (que já não são grande coisa) as minhas mais sinceras desculpas...



 
posted by Untitled at 10:07 PM | 3 comments
Monday, November 20, 2006


Sem dar por isso, passaram dois meses. Parece que passou tão rápido mas ao mesmo tempo tão lento. Não existe um único dia que não sonho contigo, não existe um único dia em que eu dava tudo para isto não passar apenas de um pesadelo. Dou por mim a pensar em coisas que faziamos tu e eu, das tardes que juntos passavamos depois da primária, dos ovos que fazias para nós em que eu comia "a parte amarela" e tu a "parte branca" apenas porque eu não gostava dela.
Dois meses se passaram e não existe um único filme em que alguém morre e eu não me lembro d'O Dia. Tantos meses a sofrer em vão, entre melhoras e recaídas, prendas não poderam ser entregues...
Aguentaste um dia para te despedir, ver-te assim foi algo inacreditável, algo inexplicável, algo surreal mesmo. Nessa noite não consegui dormir, rebolava de um lado para o outro na minha cama, a pensar no teu estado, como te vi. Fechava os olhos, o sono mais uma vez não vinha, via televisão, nada me entretinha. Apagava a televisão, uma vez mais fechei os olhos, tentei adormecer. Subitamente um presentimento! Já não te encontravas entre nós... Olhei p'ró relógio. 5h, rebolava pela cama, 6h continuei a rebolar pela cama, 7h uma vez mais rebolei pela cama. 7h30 tocou o telemóvel, estremeci, esperei, desejei que o meu presentimento estivesse errado, mas como já sabemos nada na vida é como queremos...

Bem, peço desculpa pelo desabafo (foi mais um relato mas pronto...). Espero que não se xateiem mas era isto ou pseudo-poemas lamechas e tal...



 
posted by Untitled at 9:39 PM | 5 comments
Sunday, November 05, 2006

Bem... Ganda confusão de título, não eu sei como surgiu mas é excelente para resumir a noite de ontem (os dois primeiros ponto, "Mocas e Tristezas") e o outro porque o romance anda sempre por aí...

Ontem fui a duas festas: Desfile de Misses e Misters no Gandun's (ou lá como se escreve aquele nome)... Só posso dizer que até o desfile da DMM foi melhor, mas pronto...

Depois... Depois sim, veio a FESTA!!! Quando chegámos já estavam todos com uma ganda moca, o pessoal só queria era ir dar voltas para apanhar ar, outros a fazer o 4 quase que batiam com a cara no chão, outros queriam-se despir porque estava calor. Entre 6 pessoas só 2 estavam sóbrios... Ai ai!!! Esta juventude de hoje não se sabe comportar... Isto no meu tempo não era assim!!!
Ah... Mais uma coisinha. Por Favor, antes de ficarem bêbedos tenham a certeza (ABSOLUTA) que não são daqueles bêbedos tristes (!!!). Porque estar a aturar bêbedos assim é tão, mas tão, mas tão chato que vocês nem sabem...

Agora a parte final do título (Romances)...
Quem esteve ontem lá na festa e ficou para dormir sabe do que estou a falar (pelo menos aqueles que estavam conscientes)... Apenas posso dizer que por muito que custe, por muito que te doa, por muito que tu chores, por muito que tu ames e adores, tens que seguir em frente. Não podes viver na ilusão que tudo se irá recompor. Life Goes On e ela é tua e de mais ninguém, ninguém a pode viver por ti, e se vais ficar agarrado ao passado não vives o futuro e pode estar alguém especial mesmo à tua frente e tu não repares...

If you forgive me all this
If I forgive you all that
We forgive and forget and it's all coming back to me now

Lembra-te disto, esquece apenas a parte do It's all coming back to me now e lembra-te essencialmente da We forgive and forget (sei que tu irás perceber o que eu quero dizer apesar de mais ninguém o perceber)


When There Was Me and You

É engraçado quando dás por ti
A olhar do lado de fora
Estou aqui mas tudo o que quero
É estar ali
Porque me deixei acreditar que
Milagres acontecem
Porque agora tenho que fingir
Que nem me importo

Pensava que eras o meu conto de fadas
Um sonho acordado
Um desejo feito a uma estrela
Que se tornou real
Mas toda a gente pode dizer
Que confundi os meus sentimentos com a verdade
Quando nós erámos um

Eu juro que sabia a melodia
Que te ouvi a cantar
E quando sorriste
Fizeste-me sentir
Como se pudesse cantar também
Mas depois foste-te e mudaste as palavras
Agora o meu coração está vazio
Estou como costumava ser
Era uma vez uma canção

Agora sei que não és um conto de fadas
E os sonhos foram feitos para dormir
E desejos feitos a estrelas
Não se tornam reais
Porque agora até eu digo
Que confundi os meus sentimentos com a verdade
Porque gostava da vista
Quando nós erámos um

Não posso acreditar que
Que consegui ser tão cego
É como se tivesses a flutuar
Enquanto eu caía
E não me importava

Porque gostava da vista
Pensava que sentias o mesmo
Quandos nós erámos um
 
posted by Untitled at 7:36 PM | 9 comments
Thursday, November 02, 2006

Vamos lá ver se me consigo entender com isto... Espero que vejam e comentem (qualquer comentário será bem aceite, seja bom ou mau, porque é graças a eles que melhoramos)

Como o diz o título vou colocar aqui um pensamento inacabado e que nunca o será. Escrevi depois de viver até agora o pior dia da minha vida, e embora eu tenha tentado faze-lo em poema (e embora nem todos os poemas tenham que rimar) não o acho com categoria suficiente para o considerar tal coisa...

Sinto-me um desconhecido,

Num mundo por mim conhecido.

Vejo pessoas a falar e a sorrir para mim,

Enquanto em silêncio penso, o que raio é que faço aqui?

Sinto-me isolado mesmo ao pé de amigos,

Sinto que o mundo continua e ninguém se apercebe,

Que fiquei para trás, paralisado, chocado, abismado…

Pensando porque raio teve aquilo de acontecer

Tento perceber porque tiveste que ir,

Nunca pensei chorar tanto por alguém.

Não me consegui despedir de ti,

Mas sei que no fundo me consegues perdoar.

Não consegui ir ter contigo e te beijar,

Fiquei onde já estava a chorar…

Nada mais existia, apenas aquele aperto no coração…

Jamais me vou esquecer da última vez que te vi,

Nem parecias tu mesma, já não tinhas aquela tua alegria.

Ainda te conseguiste aguentar um dia,

À tua maneira despediste-te dos que amavas

Estava aqui a mexer numa gaveta

Quando reparei num embrulho.

É aquela prenda que te trouxe e nunca consegui entregar,

O que um simples objecto nos faz pensar…

Sei que não queres choros nem tristeza,

Tu, que em qualquer momento conseguias

Contagiar-nos com esse o teu sorriso…

Mas é difícil fazer o que “queres”

E vou vagueando por sítios nunca antes por mim vistos

Esperando encontrar, talvez, o sitio onde deva parar…

Dialogar… Conhecer… Simplesmente viver…

Encontrar um simples motivo para parar de chorar


Bem... Aqui fica o primeiro post de vários (espero eu)


 
posted by Untitled at 11:25 PM | 9 comments